A tendência dos minimercados de condomínio

Tema que despontou como novidade no setor de 2020 pra cá, os minimercados de condomínio estão se tornando cada vez mais habituais nos bairros do país. 

A princípio, surgiram como uma alternativa para enfrentar as restrições da pandemia, mas conquistaram os consumidores e seguem como uma forte aposta para os próximos anos. 

Para que você entenda melhor do que se trata um minimercado de condomínio e porque ele se tornou uma tendência, preparamos este conteúdo. Boa leitura! 

O que é um minimercado de condomínio? 

Como o nome sugere, trata-se de um modelo de mercado, de tamanho reduzido, montado dentro de um condomínio residencial.

Essa definição já explica muito do que é a essência de um minimercado de condomínio, mas não revela todas as suas particularidades. 

Isso porque, diferente dos mercadinhos de bairro ou mesmo dos supermercados, o minimercado de condomínio é totalmente autônomo. Isto é, não existem funcionários em nenhum setor da loja. 

Ele funciona na modalidade conhecida como honest market, que em português equivale a ‘mercado de honestidade’, uma vez que funciona baseado na confiança nos moradores. 

O morador pode acessar a loja em qualquer horário, escolher os produtos e realizar o self-checkout, ou seja, efetuar o pagamento com cartão de crédito ou débito ou através de um aplicativo, tudo sem intervenção ou supervisão de funcionários. 

O monitoramento de entradas e saídas é realizado por câmeras de segurança instaladas no local e o controle de estoque é feito pelo próprio sistema de pagamento que emite, em tempo real, relatórios da contagem de mercadorias para uma central. 

Responsabilidade da franquia ou fornecedor 

Outra particularidade do minimercado de condomínio é que, mesmo instalado em área privada, as responsabilidades de instalação e manutenção não são atribuídas aos moradores ou ao síndico do condomínio. 

O serviço é terceirizado por franquias, startups ou fornecedores autônomos especialistas nesse tipo de negócio. 

Além da instalação, manutenção e reposição dos produtos, a empresa geralmente se responsabiliza por quaisquer danos em pisos e paredes durante a montagem da lojinha. 

Em geral, as franquias ainda repassam parte dos valores à administração para suprir os gastos com energia elétrica. Ou seja, para o condomínio, os custos são zerados. 

Produtos comercializados em minimercados de condomínio

O mix de produtos disponível em um minimercado de condomínio pode variar devido a alguns fatores, sendo o principal deles o tamanho do local disponível para sua instalação.

Os menores modelos de loja exigem, no mínimo, 2 m² de espaço livre em salas subutilizadas ou em outras áreas comuns do condomínio. Nas lojas desse tamanho, a variedade acaba sendo de, em média, 500 produtos ou até duas prateleiras com itens essenciais, apenas. 

Por outro lado, modelos maiores, similares a mercados tradicionais, podem ser instalados em condomínios com mais espaço e maior número de moradores. Costumam ser disponibilizadas cestinhas e até carrinhos de compras, além, é claro, de mais opções de alimentos, seção de hortifruti, freezers com frios, etc. 

O estilo loja de conveniência é o mais popular e oferece prateleiras de alimentos não perecíveis e refrigeradores para bebidas. 

Outra opção que amplia as possibilidades de produtos disponíveis são os containers, que costumam ser instalados em estacionamentos e ocupam o espaço de uma vaga de garagem. Ao contrário dos outros modelos, os containers funcionam como loja cadastrada com CNPJ. 

De qualquer forma, assim como em estabelecimentos comerciais tradicionais, o comportamento de compra dos consumidores é fundamental para definir o que será vendido. 

No caso dos minimercados, isso se torna ainda mais relevante, devido ao número limitado de produtos. Em geral, encontram-se alimentos não perecíveis, bebidas, produtos de limpeza e higiene pessoal. 

Mas há também aqueles onde é possível encontrar variedades de snacks, salgadinhos, comidas congeladas, sorvetes, pães e comida japonesa frescos e até bebidas alcoólicas.   

Lembre-se ainda que quanto maior a variedade de produtos disponíveis, menor será a quantidade de cada item. A logística dependerá das preferências dos moradores e do espaço disponível. 

Minimercados de condomínio são um risco para os mercados tradicionais? 

Quando uma novidade se mostra sustentável e ganha rápida aceitação pelo público tende a intimidar os negócios mais tradicionais, certo? 

No entanto, no caso dos minimercados de condomínio não há motivo para alarme. As análises em torno do assunto apontam que o propósito não é criar concorrência com supermercados ou empresas de delivery. 

O foco é outro: suprir apenas demandas imediatas dos moradores, oferecendo uma opção de acesso fácil, rápido e seguro. 

Isso porque o modelo também apresenta suas limitações. Além da oferta reduzida de produtos, existe uma diferença nos valores. 

Os preços costumam ser maiores que os dos mercados tradicionais, mas menores que das lojas de conveniências em postos de gasolina, por exemplo. 

De qualquer forma, é inegável o sucesso que eles vêm fazendo. O faturamento dos minimercados de condomínio pode chegar a R$ 35 bilhões em escala nacional até o final de 2022

Para quem atua no setor, é importante estar por dentro de novidades como esta.

Esperamos que este conteúdo tenha sido relevante para você. 

Acompanhe mais atualizações sobre o varejo de supermercadistas pelas redes sociais da Ludovico Tozzo

Compartilhe

Conteúdos Relacionados